domingo, 6 de junho de 2010
Degustação: 3 Monts
Esta cerveja é uma Bière de Guarde, que traduzindo significa "Cerveja para Guardar". Normalmente são cervejas de fermentação alta (ales), mas hoje em dia existem alguns tipos dessa cerveja de baixa fermentação (laggers). Esse tipo de cerveja também tem como característica a refermentação na garrafa, ou seja, a cerveja continua a fermentar depois de engarrafada, pois tem uma adição de leveduras extras.
A 3 Monts é uma cerveja fabricada pela Brasserie St. Sylvestre que fica perto da fronteira com a Bélgica. É uma cerveja com 8,5% de teor alcoólico (ABV), de cor dourada e aroma cítrico e maltado. Tem um corpo robusto e frutado com amargor leve, porém um sabor residual intenso e prolongado.
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domingo, 9 de maio de 2010
Degustação: Como desgustar uma cerveja.
Antes de começar gostaria de dizer que eu não quero ser pedante ensinando a outras pessoas como se degusta, ou bebe, uma cerveja. Eu apenas vou passar o que eu aprendi com os livros nos quais eu li, e pelas experiências que eu tive. Então vamos lá...
Para fazer uma degustação deve-se escolher algumas cervejas, normalmente escolhe-se cervejas de mesma família e tipo, por exemplo: Ales e de trigo, assim seria uma certa gama de cervejas de trigo diferentes para se apreciar... A quantidade varia, mas deve-se escolher poucas, alguns dizem que seriam entre 5 ou 6. Outros escrevem que o ideal é de dez a doze tipos. Eu acredito, e essa é uma opinião pessoal, que o ideal seria entre 6 e 8. É interessante deixar algo para comer (biscoitos de água e sal, batata frita) entre a degustação. Água também pode ajudar a desentoxicar o palato... Tudo para apreciar o gosto deixado pela cerveja!
A ordem na qual as cervejas serão bebidas é importante. Devem ser degustadas vindo do menor teor alcoólico (ABV ou ABW) para o maior, ou seja, de forma crescente. Nos casos de cervejas com o mesmo teor alcoólico, procurar beber na ordem crescente de amargor, assim uma não "mascara" o gosto da outra.
O local para degustar também é importante. Uma boa iluminação e sem muitos sons e barulhos em volta. Tudo para não haver nenhum disturbio na parte sensorial da degustação.
Depois de servir nos copos adequados (isso eu falo em um próximo post), vamos aos passos para fazer uma degustação prossional...
1) Veja a cor. Cada cerveja tem sua cor. Podem ser claras ou escuras, e a gama de cores que podem alcançar é vasta. Uma pilsen normalmente é amarela clara, já uma Kriek belga é vermelha, uma weizenbier pode ser de um amarelo turvo, e uma dopplebock amarronzada. Esse é o primeiro passo da degustação.
2) Gentilmente balance o copo para criar um turbilhão. Isso ajuda a liberar os aromas de cada cerveja. O movimento é idêntico ao que se faz com o vinho...
3) Sinta o cheiro da cerveja. Cada cerveja tem o seu aroma. Algumas são frutadas, outras são doces, outras são torradas. As melhores cervejas possuem uma intrincada, porém deliciosa, mistura de aromas. O olfato é um prelúdio para o gosto que iremos sentir com a cerveja.
4) Finalmente, beba a sua cerveja. A nossa língua sente os sabores doces na ponta, salgados e azedos pelas laterais e amargo no final da língua. Então esse é o momento para sentir o gosto da cerveja. Deixe que o líquido escorra pela língua como um todo. A cerveja pode ser refrescante, forte, doce, ácida, amarga... Cada cerveja tem suas características. Esse é o momento de sentir não só o gosto, como o sabor residual, ou retrogosto, que é a sensação que fica na boca depois de beber a cerveja. Pode ser refrescante, como na maioria das pilseners, ou um amargor mais forte, como nas IPA.
É comum em toda degustação anotar as experiências. Para isso existe uma scoresheet, ou tabela de degustação. Eu tenho uma, adaptada de um livro que eu tenho. Quem quiser eu mando por e-mail.
O meu conselho é que cada um faça sua pesquisa sensorial com a cerveja. Seja pilsener ou IPA ou weizenbier, não importa. Experimentem o que puderem...
Para fazer uma degustação deve-se escolher algumas cervejas, normalmente escolhe-se cervejas de mesma família e tipo, por exemplo: Ales e de trigo, assim seria uma certa gama de cervejas de trigo diferentes para se apreciar... A quantidade varia, mas deve-se escolher poucas, alguns dizem que seriam entre 5 ou 6. Outros escrevem que o ideal é de dez a doze tipos. Eu acredito, e essa é uma opinião pessoal, que o ideal seria entre 6 e 8. É interessante deixar algo para comer (biscoitos de água e sal, batata frita) entre a degustação. Água também pode ajudar a desentoxicar o palato... Tudo para apreciar o gosto deixado pela cerveja!
A ordem na qual as cervejas serão bebidas é importante. Devem ser degustadas vindo do menor teor alcoólico (ABV ou ABW) para o maior, ou seja, de forma crescente. Nos casos de cervejas com o mesmo teor alcoólico, procurar beber na ordem crescente de amargor, assim uma não "mascara" o gosto da outra.
O local para degustar também é importante. Uma boa iluminação e sem muitos sons e barulhos em volta. Tudo para não haver nenhum disturbio na parte sensorial da degustação.
Depois de servir nos copos adequados (isso eu falo em um próximo post), vamos aos passos para fazer uma degustação prossional...
1) Veja a cor. Cada cerveja tem sua cor. Podem ser claras ou escuras, e a gama de cores que podem alcançar é vasta. Uma pilsen normalmente é amarela clara, já uma Kriek belga é vermelha, uma weizenbier pode ser de um amarelo turvo, e uma dopplebock amarronzada. Esse é o primeiro passo da degustação.
2) Gentilmente balance o copo para criar um turbilhão. Isso ajuda a liberar os aromas de cada cerveja. O movimento é idêntico ao que se faz com o vinho...
3) Sinta o cheiro da cerveja. Cada cerveja tem o seu aroma. Algumas são frutadas, outras são doces, outras são torradas. As melhores cervejas possuem uma intrincada, porém deliciosa, mistura de aromas. O olfato é um prelúdio para o gosto que iremos sentir com a cerveja.
4) Finalmente, beba a sua cerveja. A nossa língua sente os sabores doces na ponta, salgados e azedos pelas laterais e amargo no final da língua. Então esse é o momento para sentir o gosto da cerveja. Deixe que o líquido escorra pela língua como um todo. A cerveja pode ser refrescante, forte, doce, ácida, amarga... Cada cerveja tem suas características. Esse é o momento de sentir não só o gosto, como o sabor residual, ou retrogosto, que é a sensação que fica na boca depois de beber a cerveja. Pode ser refrescante, como na maioria das pilseners, ou um amargor mais forte, como nas IPA.
É comum em toda degustação anotar as experiências. Para isso existe uma scoresheet, ou tabela de degustação. Eu tenho uma, adaptada de um livro que eu tenho. Quem quiser eu mando por e-mail.
O meu conselho é que cada um faça sua pesquisa sensorial com a cerveja. Seja pilsener ou IPA ou weizenbier, não importa. Experimentem o que puderem...
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quarta-feira, 28 de abril de 2010
Degustação: Paulaner Salvator
Uma lagger bock, de estilo doppelbock (ou double bock) da cervejaria Paulaner (www.paulaner.de). Esta cerveja tem teor alcoólico de 7,9 ABV (Alcohol By Volume), e uma cor vermelha forte, puxando para marrom. Seu cheiro lembra melado e seu gosto é encorpado e não muito doce. Tem gosto residual frutado e amargo, porém muito refrescante.
Esse é o tipo de cerveja que sempre se deve ter em casa.
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sexta-feira, 23 de abril de 2010
Lagers e Ales
Olá!
Apesar de adiar ad infinitum escrever sobre cerveja, resolvi sentar e finalmente escrever. Não sou um expert, nem tão pouco um leigo qualquer, mas quero dividir o que eu sei, e o que eu bebi com vocês.
Para começar vou falar sobre as duas grandes famílias de cervejas: Lagers e Ales.
A diferença básica entre as lagers e as ales é no tipo de fermentação. As lagers fazem fermentação baixa, com temperaturas baixas, que chegam a ser até 2°C. Já as ales tem fermentação alta e podem ser feitas à temperatura ambiente.
Quando se fala em fermentação é em relação às leveduras (falarei disso em um outro post). Quando a levedura realiza a fermentação, que é a transformação de açúcar em álcool, ela o faz na parte de cima, o que geram Ales, ou ela afunda, literalmente, no tanque, e realiza essa transformação no fundo do tanque, e que gera as lagers.
Existem, obviamente, outras diferenças entre elas, mas como existem as exceções que confirmam a regra, prefiro falar sobre isso depois.
Dentro de cada família temos vários ramos. As lagers se dividem nas Bocks, Dortmunders, Dunkels, Malzbiers, Müncheners, Oktoberfests, Pilseners, Pales e Porters. As ales se dividem em Abadias, Altbiers, Barley Wines, Bitters, Brown Ales, Kolshs, Lambics, Pale Ales, Rouchbiers, Scottish Ales, Stouts e Weissbiers. Dentro das ales eu incluo as Champenoises, que são cervejas cuja maturação é feita no estilo champenoise, ou seja, como se fazem os champanhes. Esse estilo é conhecido como Bière Brut. Eu vou falar de cada um desses “ramos”, um por um, em outras oportunidades.
Apesar de adiar ad infinitum escrever sobre cerveja, resolvi sentar e finalmente escrever. Não sou um expert, nem tão pouco um leigo qualquer, mas quero dividir o que eu sei, e o que eu bebi com vocês.
Para começar vou falar sobre as duas grandes famílias de cervejas: Lagers e Ales.
A diferença básica entre as lagers e as ales é no tipo de fermentação. As lagers fazem fermentação baixa, com temperaturas baixas, que chegam a ser até 2°C. Já as ales tem fermentação alta e podem ser feitas à temperatura ambiente.
Quando se fala em fermentação é em relação às leveduras (falarei disso em um outro post). Quando a levedura realiza a fermentação, que é a transformação de açúcar em álcool, ela o faz na parte de cima, o que geram Ales, ou ela afunda, literalmente, no tanque, e realiza essa transformação no fundo do tanque, e que gera as lagers.
Existem, obviamente, outras diferenças entre elas, mas como existem as exceções que confirmam a regra, prefiro falar sobre isso depois.
Dentro de cada família temos vários ramos. As lagers se dividem nas Bocks, Dortmunders, Dunkels, Malzbiers, Müncheners, Oktoberfests, Pilseners, Pales e Porters. As ales se dividem em Abadias, Altbiers, Barley Wines, Bitters, Brown Ales, Kolshs, Lambics, Pale Ales, Rouchbiers, Scottish Ales, Stouts e Weissbiers. Dentro das ales eu incluo as Champenoises, que são cervejas cuja maturação é feita no estilo champenoise, ou seja, como se fazem os champanhes. Esse estilo é conhecido como Bière Brut. Eu vou falar de cada um desses “ramos”, um por um, em outras oportunidades.
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